CIRURGIA GERAL

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Miomas são tumores benignos uterinos. Podem aparecer em vários locais do útero, variar de tamanho, provocar ou não sintomas, e exigir acompanhamento clínico ou intervenção cirúrgica. Não se conhece exatamente a causa dos miomas. Quando ele aparece, é porque algumas células do tecido muscular que formam o útero se multiplicam desordenadamente, dando origem ao tumor. Sabe-se, porém, que ele é um tumor hormônio-dependente e que sua incidência diminui depois da menopausa.

O tratamento cirúrgico consiste basicamente em duas abordagens: miomectomia (retirada exclusiva do mioma, principalmente em mulheres que ainda desejam engravidar) e na histerectomia (retirada do útero). Optamos, sempre que possível, pela via laparoscópica.

De forma bem objetiva, uma hérnia abdominal seria o escape parcial ou total de uma ou mais estruturas por um orifício que se abriu por má formação ou enfraquecimento nas camadas musculoaponeuróticas protetoras dos órgãos internos do abdome. Os principais tipos de hérnia da parede abdominal são: umbilical, epigástrica, inguinal, incisional e lombar. Na grande maioria das vezes o tratamento é cirúrgico, seja através de abordagem tradicional, seja por via laparoscópica.
Caracteriza-se pela presença de pedras (cálculo) no interior da vesícula biliar, esta que é um pequeno órgão com a forma de um saco (semelhante a uma pêra) e fica localizada próximo ao fígado, medindo de 7cm a 10cm de comprimento. A vesícula armazena a bile, um líquido amarelo esverdeado espesso que é produzido pelo fígado. Depois da alimentação, a vesícula se contrai e libera a bile ao intestino, que entra em contato com o alimento, auxiliando na digestão que foi iniciada pelo estômago; a bile tem como função básica digerir as gorduras e auxiliar na absorção de nutrientes como as vitaminas A, D, E e K. Os cálculos da vesícula biliar podem causar cólica biliar, colecistite, icterícia, colangite e pancreatite. O tratamento consiste, na grande maioria dos casos, na retirada da vesícula biliar (colecistectomia) por videolaparoscopia.

Conforme definido no I Consenso Brasileiro sobre Doença do Refluxo Gastroesofágico, é a afecção crônica decorrente do fluxo retrógrado de parte do conteúdo gastroduodenal para o esôfago e/ou órgãos adjacentes, acarretando variável espectro de sintomas (esofágicos ou extra-esofágicos), associados ou não a lesões teciduais. Convém destacar três aspectos importantes na definição apresentada:

- admite-se a participação de componentes do refluxo duodenogástrico na fisiopatogenia da afecção. Em função disso, propõe-se o termo refluxo de conteúdo gastroduodenal ("não-ácido") e não apenas de conteúdo gástrico (ácido);
- admite-se a existência de sintomas esofágicos e extra-esofágicos;
- destaca-se que os sintomas podem ou não ser acompanhados por lesões teciduais esofágicas diagnosticadas pelo exame endoscópico.

Contamos com um verdadeiro arsenal de exames complementares para o diagnóstico da DRGE: endoscopia digestiva alta, seriografia de esôfago, estômago e duodeno; pHmetria do esôfago; manometria esofágica e impedanciometria esofágica. O tratamento clínico envolve medidas comportamentais e farmacológicas, notadamente os inibidores de bomba de prótons (ex: omeprazol).

Há várias modalidades de tratamento endoscópico da DRGE: plicatura endoscópica, aplicação de radiofreqüência e injeção de polímeros na transição esôfago-gástrica. O tratamento cirúrgico consiste basicamente na confecção de uma válvula (fundoplicatura), impedindo o retorno do conteúdo gástrico para o esôfago. As principais indicações do tratamento cirúrgico são: intolerância ao tratamento clínico prolongado, formas complicadas da doença (esôfago de Barrett, ulceração, estenose) e pacientes com manifestações respiratórias da DRGE.

Fonte: Arquivos de Gastroenterologia vol.43 no.4 São Paulo

Os divertículos (diverticulose) são saculações que se formam na parede do tubo digestivo. Localizam-se principalmente no cólon (intestino grosso). Em média, 30% das pessoas acima de 60 anos e mais de 60% das pessoas acima de 80 anos possuem divertículos. Na maioria das vezes são assintomáticos.

A diverticulite representa uma complicação da diverticulose. Em geral se manifesta por dor no quadrante inferior esquerdo do abdome, distensão abdominal, febre e alteração do hábito intestinal.

A diverticulite aguda, quando diagnosticada inicialmente, apresenta boa resposta ao tratamento clínico. Nos casos refratários de diverticulite aguda, nas diverticulites agudas complicadas e na forma crônica da doença devemos considerar o tratamento cirúrgico, preferencialmente por via laparoscópica.