Miomas são tumores benignos uterinos. Podem aparecer em vários locais do útero, variar de tamanho, provocar ou não sintomas, e exigir acompanhamento clínico ou intervenção cirúrgica. Não se conhece exatamente a causa dos miomas. Quando ele aparece, é porque algumas células do tecido muscular que formam o útero se multiplicam desordenadamente, dando origem ao tumor. Sabe-se, porém, que ele é um tumor hormônio-dependente e que sua incidência diminui depois da menopausa.
O tratamento cirúrgico consiste basicamente em duas abordagens: miomectomia (retirada exclusiva do mioma, principalmente em mulheres que ainda desejam engravidar) e na histerectomia (retirada do útero). Optamos, sempre que possível, pela via laparoscópica.
Conforme definido no I Consenso Brasileiro sobre Doença do Refluxo Gastroesofágico, é a afecção crônica decorrente do fluxo retrógrado de parte do conteúdo gastroduodenal para o esôfago e/ou órgãos adjacentes, acarretando variável espectro de sintomas (esofágicos ou extra-esofágicos), associados ou não a lesões teciduais. Convém destacar três aspectos importantes na definição apresentada:
- admite-se a participação de componentes do refluxo duodenogástrico na fisiopatogenia da afecção. Em função disso, propõe-se o termo refluxo de conteúdo gastroduodenal ("não-ácido") e não apenas de conteúdo gástrico (ácido);Contamos com um verdadeiro arsenal de exames complementares para o diagnóstico da DRGE: endoscopia digestiva alta, seriografia de esôfago, estômago e duodeno; pHmetria do esôfago; manometria esofágica e impedanciometria esofágica. O tratamento clínico envolve medidas comportamentais e farmacológicas, notadamente os inibidores de bomba de prótons (ex: omeprazol).
Há várias modalidades de tratamento endoscópico da DRGE: plicatura endoscópica, aplicação de radiofreqüência e injeção de polímeros na transição esôfago-gástrica. O tratamento cirúrgico consiste basicamente na confecção de uma válvula (fundoplicatura), impedindo o retorno do conteúdo gástrico para o esôfago. As principais indicações do tratamento cirúrgico são: intolerância ao tratamento clínico prolongado, formas complicadas da doença (esôfago de Barrett, ulceração, estenose) e pacientes com manifestações respiratórias da DRGE.
Fonte: Arquivos de Gastroenterologia vol.43 no.4 São PauloOs divertículos (diverticulose) são saculações que se formam na parede do tubo digestivo. Localizam-se principalmente no cólon (intestino grosso). Em média, 30% das pessoas acima de 60 anos e mais de 60% das pessoas acima de 80 anos possuem divertículos. Na maioria das vezes são assintomáticos.
A diverticulite representa uma complicação da diverticulose. Em geral se manifesta por dor no quadrante inferior esquerdo do abdome, distensão abdominal, febre e alteração do hábito intestinal.
A diverticulite aguda, quando diagnosticada inicialmente, apresenta boa resposta ao tratamento clínico. Nos casos refratários de diverticulite aguda, nas diverticulites agudas complicadas e na forma crônica da doença devemos considerar o tratamento cirúrgico, preferencialmente por via laparoscópica.